- por Angelfire



Hoje sabemos que a realidade psíquica é capaz de afetar nosso corpo. Se um homem experimenta um grande terror, por exemplo, frente à visão de uma corda que acredita ser uma cobra, seu corpo reagirá independentemente da cobra existir de fato.

O que a mente pensa é real, haja ou não manifestação física desta realidade.

As terapias milenares já utilizavam as imagens simbólicas para promover transformações.

Hoje já sabemos, através do campo da medicina chamado de Psiconeuroendocrinologia (PNE) que novas percepções e conexões emocionais são capazes de alterar a fisiologia do sistema imunológico e endócrino, desencadeando assim o processo de autocura.

A Imagoterapia nos permite resolver problemas do cotidiano com a nossa imaginação e fantasias em vez de utilizarmos somente nossos recursos lógicos. Atua onde existe uma tensão de contrários dentro de nós, ou seja, naquelas situações onde a razão “briga” com a emoção e não vemos saídas.

Os símbolos estão no centro deste trabalho e eles são os principais instrumentos capazes de revelar a alma da vida imaginativa e os segredos do inconsciente e nos conduzir ao eu mais profundo, desconhecido e infinito.




A busca pelo Inconsciente


Chamamos de Inconsciente o desconhecimento do que nos afeta imediatamente, o responsável por atrair situações de vida que nem sempre desejamos, quando nos referimos a ele sendo de natureza psíquica. 

Para que haja transformação e crescimento é sempre preciso trazer à tona o que desconhecemos sobre nós, pois é aí que a complementação do nosso ser manifesta-se e nos faz sentir maior familiaridade com nossos desejos e limitações.

A Imagoterapia é um dos caminhos para a identificação do inconsciente á medida que propicia o redirecionamento da energia que às vezes encontra-se no lugar errado, nos fazendo sentir um grande desânimo e apatia.

Toda nossa energia represada precisa encontrar novos símbolos para que possamos expressar nosso mais alto potencial criativo.





Energia, aqui, significa movimento, relação, troca de emoções, experiências e sentimentos e pode expressar-se em nosso dia a dia de diversas maneiras.

A vida é um constante dinamismo onde as correntes de energia cruzam continuamente em todas as direções possíveis.

Nossa energia psíquica não pode ser medida, mas encontra expressão concreta através de potenciais como desejar alguma coisa ou estar motivado para atingir metas e sonhos.

São as disposições, tendências e atitudes os instrumentos vivos que nos capacitam “medir” nosso equilíbrio energético.

Neste sentido, os símbolos utilizados na Imagoterapia, são usinas que vão transformar a energia, redimensioná-la e direcioná-la.

A conexão de uma imagem simbólica com tantas outras possíveis é o que mantém o fluxo da imaginação e emoção durante o trabalho da Imagoterapia.





A cura e as transformações só se tornam possíveis à medida que a energia liberada no processo, ou seja, os símbolos ativados alcançam a nossa verdadeira essência, alterando assim, a fisiologia cerebral.


O Tarô no trabalho terapêutico


Os arcanos ou “mistérios” do tarô são símbolos que possuem uma história milenar. A vivência do poder imagético de cada Arcano possibilita o resgate de memórias que restauram a força vital e levam ao autoconhecimento.





Cada Arcano do Tarot contém uma mensagem de natureza emocional que nos faz vislumbrar situações de vida do cotidiano que nem sempre recebem a atenção que merecem.

A idéia de transformação, por exemplo, está presente em alguns dos arcanos maiores do tarô e só pode ser assimilado no dia a dia quando reconhecemos que é momento de mudar, caso contrário podemos perder uma grande oportunidade de crescimento.

Perceber-se como parte do movimento cíclico da vida e do tempo, experimentar o que seja comover-se emocionalmente com uma música ou imagem, resgatar o símbolo mais autêntico de nossa identidade percebendo os caminhos de uma realidade subjacente.

A Imagoterapia através dos arcanos do tarô se propõe a alcançar a certeza de ser livre e dono do próprio “destino”.



Fonte: https://www.angelfire.com/journal/circulodepedra/cp.htm